Pablo Neruda

"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Prévia da minha entrevista!

Uma surpresa aos seguidores e leitores do blog Devora o Tempo.
Segue uma prévia da entrevista que gravei com Rafael Sani e que estará disponível na íntegra no próximo sábado dia 17/12 no site "Incomode-se".

domingo, 11 de dezembro de 2011

Trechos do livro Sidarta, de Hermann Hesse

Acabo de ler o livro Sidarta, de Hermann Hesse e encontro-me extasiada por finalmente concluir a leitura de um de seus livros. Adorei a história e sua maneira de escrever, e agora, sinto-me obrigada a ler Demian. Urgentemente!

Abaixo, pequenos trechos "iluminados" do autor.
:)

"Toda a vida é indestrutível e cada instante eterno."

"...Pode facilmente acontecer que seus olhos se concentrem exclusivamente no objeto procurado e que ele fique incapaz de achar o que quer que seja, tornando-se inacessível a tudo e a qualquer coisa porque sempre só pensa naquele objeto, e porque tem uma meta, que o obceca inteiramente.
Procurar significa: ter uma meta. Mas achar significa: estar livre, abrir-se a tudo, não ter meta alguma."

"...e também uma árvore ou um pedacinho de sua casca. São coisas, e coisas podem ser amadas. Mas não posso amar palavras. Por isso não me servem as doutrinas. Não têm nem dureza nem maciez, não têm cores nem arestas, nem cheiro nem sabor. Não têm nada a não ser palavras. Talvez seja esta a razão por que não encontres a paz: o excesso de palavras."

"E, no entanto, achou que há uma grande diferença entre as idéias de Sidarta, de um lado, e suas mãos, seus pés, seus olhos, sua testa, seu mode de respirar, de sorrir, de andar, de saudarme, do outro"