No centro do quadrado vermelho há um jardim repleto de hortelã, alecrim, manjericão e rosas. Perfumam o ar e enchem os olhos. Todo esse verde, branco e rosa.
A roseira central é muito antiga, foi plantada por meu avô, acredito que era a preferida dele. Justamente ela, a única sobrevivente: a roseira lilás.
Difícil definir o nome exato desse colorido com suas inúmeras nuances de rosa-branco-lilás. Se chamaria “cinza de rosas” como o vestido de Meghan? Talvez.
Não sei precisar o tempo exato que uma roseira se mantém sã, só sei que sem a dedicação dele, há quase uma década, ela nunca voltou a ter as rosas de antes. Está fininha, com um pequeno broto, bem diferente de quando a conheci.
Sabe, decididamente, não é o tempo que define a vida, é a dedicação e o amor.
(ao meu avô, Manoel Pereira de Castro 21/03/1914 - 09/01/2002)
Gostei.
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