Pablo Neruda
"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Vida e luto
Um pedido público a quem me conhece ou irá me conhecer:
Eu pago uma porcaria de convênio, justamente para não depender de hospital público. Já fui voluntária em um hospital e sei muito bem como as coisas não funcionam por lá.
Quem é que não sabe ainda, que precisar do serviço desses lugares, é já deixar assinado o atestado de óbito?
Pois, muita gente não sabe.
Se você tivesse o mínimo de condições financeiras, deixaria seu filho, durante uma semana, em um hospital de merda jogado à própria sorte?
Não tenho filho, mas posso responder: EU não deixaria.
O que é mais digno? Economizar com a saúde de uma pessoa que ainda está viva ou economizar no caixão?
Se alguém nessa porra de mundo tem a possibilidade de FAZER ALGO POR ALGUÉM, QUE FAÇA ENQUANTO A PESSOA ESTIVER VIVA!
Levar florzinha em uma tumba não eleva e nem tira o peso na consciência de ninguém.
Mas muita gente prefere visitar túmulo do que visitar um ser vivo no hospital.
Economizem com as flores no velório ou as enfiem onde quiserem, mas não economizem ATITUDE!
Atitude signica correr contra o tempo, agir enquanto é possível.
Quando chega a hora de alguém ir embora, não há nada a fazer, mas agir de maneira negligênte é um absurdo.
Para quem não conhece a palavra segue o significado:
NEGLIGÊNCIA:
sf (lat negligentia) 1 Falta de diligência; descuido, desleixo. 2 Incúria, preguiça. 3 Desatenção, menosprezo. Antôn: aplicação, cuidado.
Se o antônimo é cuidado, acho que fica bem mais fácil para qualquer pessoa compreender o que estou dizendo.
Cuidar independente do local.
Se eu sofrer algum acidente deixo aqui meu apelo para que, mesmo que me levem a um hospital público, favor solicitar imediatamente a minha transferência.
Eu prefiro morrer na rua do que em um hospital-depósito.
Se, depois, quiserem me enterrar como indigente, não tem problema, mas por favor, se você tiver minha vida nas mãos por alguns instantes, não me deixe em um local desse. Por favor! Eu imploro!
E para quem tem um ente "querido" nestas condições sub-humanas, faça algo pela pessoa em vida.
Não espere a pessoa morrer para lembrar e arrumar tempo para fazer aquela visita no cemitério.
Tempo é uma questão de preferência. Você prefere fazer compras de Natal à aproveitar o espírito natalino para visitar seu parente.
É intrigante isso.
Eu tenho certeza de que vocês irão arrumar tempo pra matar o serviço quando receberem um telefonema informando-lhes que a pessoa "querida" morreu.
Tempo é preferência. Não escolha encurtar o tempo de vida de alguém da sua própria "família".
E só pra finalizar:
"Família é um bando de gente que fala mal um do outro o ano inteiro e que se junta durante as festas ou velórios em nome dessa instituição falida". Thais Petranski
E se alguém quiser falar sobre isso, estou aqui!
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Thaís,
ResponderExcluirConcordo fielmente com seu texto! Principalmente com a última frase.
Porque as pessoas arrumam tanta desculpas? Porque algumas chegam a brincar com a vida de tantas outras?
Falta de respeito próprio.
Cada dia que passa eu percebe que menos podemos confiar em pessoas e principalmente em familiares.
Eu tbm estou!
ResponderExcluirbem curioso isso... há tanto tempo não leio nada do seu blog e quando entro, acabo me entretendo tanto com um assunto q sempre comentamos, né?!
Acho que meu maior sentimento em relação à isso é o q me faz sentir de mão atadas...não em relação a mim, mas aos outros q mts vezes não querem ser ajudados.