O Natal de hoje em dia está cada vez menos sem o significado original.
O mês do consumismo desmedido: das compulsões por comprar, por comer e por exageros diversos.
Presente pro pai, pra mãe, pra sogra, pra sobrinha da prima da sogra.
Tempo das árvores genealógicas se unirem mais do que nunca!
Poucos celebram de verdade o nascimento de Jesus, aí inventam mentiras.
Porque o primeiro contato das crianças com o Natal é conhecendo a mentira sustentada pela sociedade: a farsa chamada Papai Noel.
Que coisa nojenta! O Natal é uma farsa, desde sempre.
Desde que inventaram um velho safado com um saco cheio de presente para a mente das crianças.
Minha primeira grande decepção na vida foi descobrir a mentira do velhinho dos presentes.
Para que mentir assim? É desnecessário!
Agora, dá pra entender porque as pessoas continuam mentindo tão naturalmente quando crescem. Porque aprendem desde cedo!
Este ano não senti, nem vi espírito natalino algum.
Só vi o espírito descontrolado de consumir e de fingir que somos um pouco melhores do que conseguimos mostrar o ano inteiro.
A farsa é geral.
A mentira coletiva infecta até os que possuem o coração mais puro.
Sigo sendo a pessoa que sou todos os outros dias do ano.
A pessoa que odeia hipocrisia e mentira.
Hoje , amanhã e sempre.
Feliz Dia do Exagero!
Pablo Neruda
"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda
Nenhum comentário:
Postar um comentário