Pablo Neruda

"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Você está sempre na minha mente


Na tinta azul que ainda mancha meus braços. Na imagem que meus olhos veem. Nos sonhos durante a noite.
Na vontade que tenho de escrever, de desenhar, de pintar, de viajar, de voltar.
O ar que eu respiro tem o timbre de sua voz.
Ela preenche meus dias e minhas noites.
Mesmo longe, está absurdamente perto.
Sempre.
Este, é o quadro que acabo de pintar. Se chama "O beijo sanduíche". E é só mais uma prova de que Chavela Vargas, não sai da minha cabeça. Nem do meu coração.

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