Pablo Neruda

"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Soledad

"Hay soledades, la soledad dulce, la amarga, una soledad sola, y esta es la más hermosa, la soledad sola; es hermosísima porque eres el ser más libre del mundo". Chavela Vargas

Quisiera

Yo quisiera ser niña
Yo quisiera ser niña
para acoplar las nubes a distancia
(Claudicadoras altas de la forma),

Para ir a la alegría por lo pequeño
y preguntar,como quien no lo sabe
el color de las hojas
¿Cómo era?

Para ignorar lo verde,
el verde mar,

La respuesta salobre del ocaso en retirada,
el tímido gotear de los lucerosen el muro vecino,
Ser niñaque cayera de pronto
dentro de un tren con ángeles,
que llegaban así, de vacaciones
a correr un poquito por las uvas,
o por nocturnos
fugados de otras noches
de geometrías más altas.

Pero ya, ¿que he de ser?
Si me han nacido estos ojos tan grandes,
y esos rubios quereres de soslayo.

Cómo voy a ser ya
esa que quiero yo
niña de verdes,
niña vencida de contemplaciones,
cayendo de sí misma sonrosada,
... si me dolió muchísimo decir
para alcanzar de nuevo la palabra
que se iba,escapada saeta de mi carne,

y me ha dolido mucho amar a trecho
simpenitente y sola,
y hablar de cosas inacabadas,
tinas cosas de niños,
de candor disimulado,
o de simples abejas,
enyugadas a rosarios tristes.

O estar llena de esos repentes
que me cambian el mundo a gran distancia,

Cómo voy a ser ya,
niña en tumulto,
Forma mudable y pura,
o simplemente, niña a la ligera,
divergente en colores
y apta para el adiós
a toda hora.

Eunice Odio

terça-feira, 28 de julho de 2009

Procura-se

Eu não sei o que acontece comigo.
Há meses tento descobrir onde mora Chavela Vargas. Em vão. Não encontro rastro dela.Há dois meses estava na Cidade do México. E hoje? Onde está?
Em dezembro de 2007 se despediu dos palcos no Auditório Nacional. E apenas 11 meses depois eu estive lá.
Em 21 de abril último, estava no Teatro de Bellas Artes.
Ela já esteve aqui em casa é verdade, falou comigo, mas acordei antes mesmo de poder dizer uma única palavra.
Tanto que a procuro.
Todos os dias, em todos os lugares.
Quem souber, for favor me avise.
Preciso lhe falar.


(Amo. Cada dia, mais e mais.)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sólo un poco aqui

Yo Netzahualcoyotl lo pregunto
¿Acaso de veras se vive con raíz en la tierra?
No para siempre en la tierra:
sólo un poco aquí.
Aunque sea de jade se quiebra,
aunque sea de oro se rompe,
aunque sea plumaje de quetzal se desgarra.
No para siempre en la tierra:
sólo un poco aqui.



No te acobardes corazón mío: Allí en medio de la llanura deseo la muerte a filo de obsidiana.Sólo quieren nuestros corazones muerte en guerra de modo que allíjunto a la guerra estoy deseando la muerte a filo de obsidiana.

domingo, 26 de julho de 2009

Coyoacán

Estava criando um blog em homenagem à maior: Chavela Vargas. E entre muitas pesquisas encontrei um site novo sobre seus 90 anos (http://www.chavelavargas.org/ ).
Entre cada entrevista e cada linha, senti a Chavela Vargas que existe em mim muito feliz.
Encontrei frases que já havia pensado e sentimentos que já senti.
"En Mexico encuentro la vida".
E pensando sobre sentimentos que se fazem presente em mim quando ouço Chavela cantar, lembrei dos arrepios que sinto quando ouço as palmas do público ( do cd live at Carnegie Hall). Sinto como se estivesse no palco.
O mesmo arrepio que senti na Cidade do México quando o trem do metrô passou pela estação Coyoacán rumo à estação Miguel Angel de Quevedo.
Quem pode imaginar ser possível uma pessoa passar por uma estação de metrô e se arrepiar?
Como disse La Vargas:
"Y otra vez el barrio de Coyoacán. Siempre Coyoacán. Coyoacán y La llorona siempre me acompañan. Todo esta escrito".
E quando finalmente andei pelas calçadas de Coyoacán? Naquele bairro me senti em casa. E lá eu viveria toda minha vida.
O silêncio ensolarado daquele Domingo. O vazio e a alegria de Coyoacán em mim, e vice-versa.
Não tenho palavras para descrever aquele reencontro e a saudade que eu sentia daquele lugar que não conhecia.
Andaria todos os dias pelo mercado, pela Casa Azul, por cada praça.
Sempre Coyoacán.
Tudo está escrito.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do amigo: Carta à Tarso

Tarso:

Eu não tenho notícias de Clara desde sua partida. Na última conversa falamos sobre o relacionamento de vocês, e eu tentei dizer a ela, mas ela não quis me ouvir. Desculpe por escrever esta carta à você, mas acredito que a visão de fora é sempre bem diferente.

Penso que tudo que disseram poderia ter sido interpretado de outra maneira. A outra vida que aconteceria se outras decisões fossem tomadas.
Dizer o que deveria ser sentido. Sentimentos não podem ser criados com palavras.
Amar "de verdade"?
Vejo várias coisas fora do lugar, questões demais, cumplicidade de menos.
A Clara que você conheceu era bem diferente daquela na qual ela estava se transformando. Ela lutava com ela mesma para corrigir seus erros, mudar sua postura e melhorar como mulher.
Você quis tudo minimamente explicado, mas preferiu não acreditar na realidade das suas atitudes. Ficou só com sua opinião, com seu complexo e seu desamor.
Com seu medo de ser rejeitado por quem estava de provando o contrário, optou por dar ênfase às discussões infinitas. Acabou criando um mundo paralelo para se tornar a vítima do amor.
Você a julgou por um sentimento de perda que vinha apenas do seu coração. Uma lacuna que tenta preencher. A julgou por erros de meses anteriores. Não conseguiu ver a nova realidade.
Toda sua ira foi transferida para a imagem feminina dela. Todo seu ódio e trauma, como se ela fosse a culpada por sua vida.
Ela chorava desesperadamente porque sabia que você não estava mais presente. Lembra que você mesmo afirmou isso dias antes de estar "amando" outra pessoa, apesar de dizer que adorava Clara?
Palavras perdidas que não tiveram outra função além de machucá-la.
Você conseguiu criar dois mundos na mesma realidade: uma namorada para cada personalidade sua.
Uma que supria seu ideal físico, outra que supria sua carência.
Para se manter na sua zona de conforto e se manter seguro, você não aceitou o diferente na sua vida, a pessoa fora dos padrões. Não era isso que você mesmo dizia gostar nela?
Você bem sabe que Clara era uma pessoa diferente. Mas é tão difícil entender que as pessoas não são iguais e que isso é bom, não é mesmo?
Fui eu quem deu a idéia do café da manhã no parque. Um lugar de paz para que ambos refletissem sobre a presença do outro em suas vidas. Mas se conformaram com a ausência. O passeio que virou um sonho distante.
Estranho como o bom e o ruim estão divididos por uma linha tão tênue para alguns. Conseguir aceitar o amor diferente do que sonhou, poderia te fazer feliz se você não quisesse tudo apenas do seu jeito.
Ela se esforçou muito e estava conseguindo mudar para melhor. Ela só precisava do seu reconhecimento.
Confiou muito em você, te contou segredos que nem eu sabia. Eu entendo isso como prova de amor. Sofreu muito quando percebeu que não deveria ter confiado tanto em você. Perdeu o chão. E para se sentir dono da situação, você criou o seu porto seguro. Que foi a extensão de você mesmo. Do (quase) TUDO de você mesmo.
Nem todas as pessoas querem lutar para manter seu amor junto de .
Tantas confundem desafio com amor, então, à partir do momento em que o amor se torna possível, o desafio deixa de existir.
Desculpe, mas para mim isso nunca foi amor. Foi apenas uma meta que quando alcançada, te cansou. E você estava cansado à tanto tempo. E foi seguindo os conselhos mais torpes, como manter uma pessoa para te servir como estepe. Ficar com duas e se decidir depois. Ficar na promiscuidade até descobrir quem te satisfaz melhor. Ser homem é isso?
Minha amiga te contou tudo, cometeu erros, mas nunca te traiu. Foi inocente por acreditar que você pudesse ser aquele que dizia ser.
Sabe o que a magoou mais? Ela olhar bem nos seus olhos e você mentir descaradamente, sem ao menos demonstrar que mentia. Seu cinísmo. Sua mentiras provavelmente não terminaram naquele momento, porque se convenceu alguém de que ela era a nervosa e era Clara quem te procurava, imagino todas as histórias que inventou para manter uma outra pobre pessoa ao seu lado. Escravizar o amor. Foi isso que fez.
Tudo que começa com mentira não tem um final muito bom.
Quem faz uma vez, faz sempre. Assim como quem dá conselhos de como enganar o próximo, assim também o faz. Com quem estiver ao seu lado. Com quem o desagradar.
Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas mentir para se sentir gente, é nojento mesmo.
Você se cansou da música nova, do perfume novo, da natureza velada, do ritmo do novo mundo.
Mudamos de opinião o tempo todo e não é disso que estou falando, afinal precisamos evoluir.
Só acho triste saber que você não assumiu o que disse, não assumiu seu (pseudo) amor e que nunca teve dúvida entre amar e ser amado.
Realmente você tentou se apaixonar. Por quem eu realmente não sei, mas poderia ter começado por você mesmo.
Talvez tenha conseguido, mas sei que para você é mais simples fingir que ama a assumir que foi fraco, covarde, mentiroso e indeciso.
Você a teve nas mãos, mas a brincadeira perdeu a graça.
Ela foi mulher para assumir os erros e para abrir o coração a você. Poderia ser sido honesto com ela também.
Mais triste é saber que "seguir a vida" significa fazer o possível para satisfazer seu ego. Pisando e excluíndo um ser da sua vida como se um objeto fosse. Doa a quem doer.
Alguns almejam ser pessoas melhores DE VERDADE, outras preferem fingir.
E nesse teatro, se tornam apenas coadjuvantes da vida real que poderiam ter. E fingem se contentar com o simples.
Você atuou muito bem na peça que criou.
Pena que quis atuar também na vida real.

Clara não pode pensar mais nisso, não pode sentir. Mas tenho certeza que ainda vê os mesmo olhos brilhantes e que ainda sente o cheiro da sua jaqueta de couro. Esteja ela onde estiver.

Desculpe por escrever, mas neste dia do amigo, só posso dizer que sinto muita falta da minha melhor amiga.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Discorde me mim! Me ajude a crescer!

Arrogância altera a nossa capacidade de aprender com o outro, de entrar em sintonia.
Sintonia depende do querer mútuo, não sufocar o outro com "sua" verdade, com imposições.
Julgar é fácil, apontar o erro do outro é fácil. O que você fez para melhorar? O que você fez para crescer junto? NADA.
A pessoa que nada faz, nada pode crescer. Pode se enganar, buscando a eterna felicidade no outro. O outro é responsável pela minha felicidade, pela minha infelicidade, pela minha raiva, pela minha falta de vontade em conhecer o novo. O outro precisa me admirar porque admiramos as mesmas coisas, nos completamos.
Completar com o mesmo não é completar, é encher.
Para completar é preciso haver qualidades e defeitos diferentes: o equilíbrio.
Complementar.
Não ter medo da discordância de opiniões, respeitar a visão oposta.
Quem pensa saber tudo fica parado no tempo, parado na mesmice.
Existem pessoas que não conseguem avançar em direção ao futuro e ficam com um grande passado pela frente.
Ainda tem a pessoa arrogante que se acha prática. Com a idéia do falso saber de tudo ela ainda troca de vida em questão de minutos porque acha que já conhece tudo sobre a vida "atual". Se embrenha em outra jornada desesperadamente. Não soube lidar e aprender com a diferença, então busca o igual, o mesmo, as mesmas preferências, as mesmas músicas, a afinidade total e absoluta.
Não quero que as pessoas concordem comigo em tudo, porque pessoas assim não me fazem crescer.
Quero a nova visão, a nova opinião, a opinião oposta. Mudanças que me façam crescer.
O outro me renovando, nos renovamos.
Não concorde comigo por ter medo de se expor. Cresçamos juntos! Que acha?

(Inpirado em Mario Sergio Cortella em Qual a tua obra?)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Miguel


Ele fez 4 anos no início do mês. Há 3 anos exatos, minha mãe havia ido à padaria e viu um cachorro sangrando na nossa rua, ele fugiu quando ela ja tomava as providências para levá-lo ao veterinário. Isso às 06:30 da manhã. Por volta das 11:00 ela me ligou e pediu pra eu procurar esse cachorro e cuidar dele. Eu dei voltas e mais voltas, passei em todas as clínicas veterinárias da regiao e ninguém havia visto o cão. As 16:00 ainda não o tinha achado. E tantas horas para um cão atropelado podem ser fatais. Me desesperei (nunca tinha visto o cão, mas imaginava o sofrimento).Comecei a rezar pra São Francisco, porque eu já não sabia onde procurar. Pedi pra ele me guiar. Saí de casa mentalizando e comecei a andar sem rumo, com uma coleira na mão. Parei de pensar em caminhos e fui apenas andando. Encontrei uns pedreiros e eles disseram que haviam visto o cão há algumas horas. Continuei mentalizando e cheguei numa praça que dava para 4 ruas. Parei, respirei fundo e deixei que meus passos fossem guiados. As ruas estavam vazias. Uma senhora apareceu e perguntei se havia visto um cão naquelas condições. Falou q acabara de ver um cachorro logo a frente. Segui em frente e encontrei o cachorro. Era o mesmo descrito pela minha mãe.Tinha a pata traseira pela metade (dava pra ver o osso e os músculos) sangrava bastante, e seu corpo era coberto por sarna negra (um tipo de sarna incurável que aparece quando o animal esta com a imunidade baixa). Cheguei na frente do cão, e algumas pessoas vieram falar comigo, estavam com pena dele, mas não sabiam o que fazer.Pedi pra uma senhora me arrumar um pano porque eu ia levá-lo ao veterinário. Ela trouxe uma toalha rosa e um outro rapaz falou que nos daria uma carona. Eu estava com medo do cão me morder, afinal estava sofrendo muito. Rezei para que ele ficasse calmo e que eu conseguisse salvá-lo. Joguei a tolha nele e com a ajuda do rapaz, o peguei no colo. Ele não se mexeu.
Esse cachorro de alguma maneira sabia que eu não faria mal a ele e aguentou a dor por tantas horas. Ele nunca tentou me atacar. Um outro cachorro de rua atropelado teria outro tipo de reação. Mas ele era especial. Chegamos na clínica e esse rapaz, o Reinaldo, ficou lá comigo e dividiu as despesas comigo. A veterinária deu 3 injeções, e fez curativo. Eu não tinha como levar o cão para casa, afinal com 4 gatos e um outro cão era impossível. Em comum acordo com minha mãe o levei pra casa da minha avó, que na época estava abandonada. Eu cudiava dele todos os dias. Passava pomada dentro do ferimentos, fazia curativo. A cunhada daquele rapaz era veterinária também e ajudou na primeira etapa, deu umas injeções e curativos. Depois de 1 mês a pata estava totalmente cicatrizada. Só então eu pude começar a tratar a sarna. Ele tomava 1 banho por semana e depois tinha que passar um veneno fortissimo pra acabar com a doença. Não podia secá-lo porque o remédio entraria na corrente sanguinea e o mataria envenenado. Era inverno, eu e o cachorro tomávamos banho e eu sentava ao lado dele até que ele secasse naturalmente. Morríamos de frio juntos. A veterianária falou que ele nao teria mais pelos no local onde a sarna havia se instalado. Durante o tratamento da sarna ele teve uma recaída. OS pelos caíam em poucas horas, a pele ficava oleoso e infeccionava do dia para a noite, eu tinha ânsia de vômito e chorava porque mesmo com nojo sabia que teria que fazer e pensava que a dor dele era maior (estava em carne viva). Essas lesões apareceram em outras partes do corpo dele, mas insistimos no tratamento. Pouco a pouco os pelos foram crescendo e ele foi melhorando até se curar definitivamente.
Ele sempre foi muito inteligente: uma vez sentei à sua frente, o olhei bem nos olhos e disse: - Dá a patinha. E ele deu. Dias depois falei para ele deitar. E ele deitou. Não é um cachorro comum. O olhar dele era mágico. Decidimos ficar com ele e eu quis batizá-lo com o nome de São Francisco, mas é um nome grande para um cão, então pensei em nomes de anjos. Ariel, Gabriel, Ieiaiel...Pensei em São Miguel Arcanjo...o nome perfeito!!! Nome de santo e de anjo.
Hoje o Miguel só não tem pelo na cicatriz da pata e acima do olho esquerdo, que foi um corte também, o resto do corpo é bem peludinho! Todo loirinho. E ele é meu anjinho. Inteligente demais!!! Ele adora casquinha de pizza e pega no ar toda comida que atiramos. Ele adora truques!
A única parte dele que não mudou desde a primeira vez que o vi foi seu olhar. Ainda tem o olhar um pouco triste, mas é possível ver alegria, expectativa pra dar um passeio ou simplesmente felicidade por ser um cão saudável e bem cuidado.
Esta noite ele vai dormir de roupa nova: camuflada por fora e de pelúcia branca por dentro.
Um bom mascote.

sábado, 11 de julho de 2009

Detalhes

Já que todos só falam nos 50 anos de carreira de Roberto Carlos, fica aqui minha música favorita dele.

Não adianta nem tentar me esquecer
Durante muito tempo em sua vida eu vou viver...
Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer
E a toda hora vão estar presentes você vai ver...
Se um outro cabeludo aparecer na sua rua e isto lhe trouxer saudades minhas a culpa é sua...
O ronco barulhento do seu carro a velha calça desbotada ou coisa assim
Imediatamente você vai lembrar de mim...
Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido palavras de amor como eu falei mas eu duvido!
Duvido que ele tenha tanto amor e até os erros do meu português ruim
E nessa hora você vai lembrar de mim...
A noite envolvida no silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura o meu retrato mas da moldura não sou eu quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso mesmo assim e tudo isso vai fazer você lembrar de mim...
Se alguém tocar seu corpo como eu não diga nada
Não vá dizer meu nome sem querer à pessoa errada...
Pensando ter amor nesse momento desesperada você tenta até o fim
E até nesse momento você vai lembrar de mim...
Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma todo amor em quase nada
Mas quase também é mais um detalhe um grande amor não vai morrer assim
Por isso de vez em quando você vai, vai lembrar de mim...
Não adianta nem tentar me esquecer
Durante muito, muito tempo em sua vida eu vou viver
Não, não adianta nem tentar me esquecer...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Dismantle Repair

One last glance in a taxi cab images scar my mind
Four weeks felt like years since your full attention was all mine
The night was young and so were we talked about life, God, death, and your family
Did not want any promises, just my undivided honesty, and you said
Oh, things are going to change now for the better
Oh, things are going to change
I am the patron saint of lost causes a fraction of who I once believed (change). It's only a matter of time
Opinions I would try and rewrite if life had background music playing your song
I have got to be honest, I tried to escape you but the orchestra plays on, and they sang
Things are going to change
Hands, like secrets, are the hardest thing to keep from you lines and phrases, like knives, your words can cut me through
Dismantle me down (repair).You dismantle me.You dismantle me
Give me time to prove. Prove I want the rest of yours (prelude)
Call this a prelude to a lifetime of you it's not that I hang on every word I hang myself on what you repeat it's not that
I keep hanging on I'm never letting go
Save me from myself
Help me save me from myself
Save me from myself.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Nada acontece por acaso.

Um dia complicado, uma tristeza profunda.
O simples fato de mudar o lado da rua.
Um encontro pode mudar tudo.
O novo olhar, a experiência, a comunicação.
Um pensamento no dia anterior, a concretização, a família perdida.
Abençoar e não amaldiçoar.
Descobrir o que é verdadeiro no coração, não na mente.
Escrever, para perder o medo, para que o rumo seja tomado.
Para ter paz.
No coração.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Will you be there

Hold me like the river jordan
And I will then say to thee you are my friend
Carry me like you are my brother
Love me like a mother
Will you be there?
Weary tell me will you hold me when wrong, will you skold me
When lost will you find me? But they told me a man should be faithful
And walk when not able and fight till the end
But I`m only human
Everyones taking control of me seems that the worlds
Got a role for me
I`m so confused will you show to me
You`ll be there for me and care enough to bear me
(lead me)
(lay your head lowly)
(softly then boldly)
(carry me there)
(hold me)
(love me and feed me)
(kiss me and free me)
(I will feel blessed)
(carry, carry me boldly)
(lift me up slowly)
(carry me there)
(save me)
(heal me and bathe me)
(softly you say to me)
(I will be there)
(lift me)
(lift me up slowly)
(carry me boldly)
(show me you care)
(hold me)
(lay your head lowly)
(softly then boldly)
(carry me there)
(need me)
(love me and feed me)
(kiss me and free me)
(I will feel blessed)

"In our darkest hour in my deepest despair
Will you still care? Will you be there?
In my trials and my tripulations
Through our doubts and frustrations
In my violence, in my turbulence
Through my fear and my confessions
In my anguish and my pain
Through my joy and my sorrow
In the promise of another tomorrow
I`ll never let you part
For you`re always in my heart".

domingo, 5 de julho de 2009

DEFINIÇÕES (por Mario Quintana)

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não... Amor é um exagero... também não.Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação.
Esse negócio de amor, não sei explicar.

Especial Mario Quintana: O amor é quando a gente mora um no outro.

O tempo:

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
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"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."

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Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim. Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível. E que esse momento será inesquecível. Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre. E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém. E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza PELO QUE SOU, não pelo que tenho. Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento. E não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, PARA QUE EU SEJA SEMPRE EU MESMO. Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe. Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas. Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ela é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros. Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão. Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim.
E que valeu a pena!!!

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As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lembra-te que és mortal

Hoje tive a feliz oportunidade de participar de uma palestra do filósofo Mario Sergio Cortella.
Genial em cada frase citada e grandioso em cada explicação.
Hoje, a lição mais importante que aprendi foi a citação de um costume antigo dos romanos.Algo que eu sempre pensei e disse a tantas pessoas, em outras palavras, é claro. E inúmeras vezes, fui tachada de pessimista quando afirmava que "talvez eu não estivesse aqui amanhã".

Na época do Império Romano os Generais ao voltarem das batalhas eram recebidos em Roma para serem homenageados pela população. A homenagem consistia numa aclamação pelo povo e no recebimento das mãos de um dos representantes do Senado de uma bandeja de prata com folhas da palmeira (esta era a mais alta honraria dada a um cidadão romano). É dessa tradição inclusive que vem a expressão salva de palmas , uma bandeja em metal prateado também é conhecida pela palavra salva.
O General romano entrava na cidade sozinho numa biga (os exércitos eram proibidos de entrarem na cidade, ficavam em campos de treinamento fora dos muros de Roma) e percorria um longo caminho até o Senado, durante o percurso o povo o aclamava.
Junto ao General na biga iam dois escravos, o primeiro para conduzir a biga, e o segundo ficava ao lado do General agachado. A função do segundo escravo era extremamente interessante e nos faz refletir sobre a sabedoria dos povos da antiguidade.
Um General voltando vitorioso de várias batalhas, sendo aclamado pelo povo e sentindo-se invencível poderia ser uma ameaça a democracia romana, para evitar isso a função do escravo era uma só. A cada 500 metros do percurso, o escravo levantava-se, aproximava-se do ouvido do General e dizia :
- Lembra-te que tu és mortal !
Mais 500 metros, e novamente :
- Lembra-te que tu és mortal !
Quando no sentirmos invencíveis e acima de tudo e de todos, nos lembremos que somos mortais !

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O terror da doença

Depois de anos de crescimento e desenvolvimento uma praga assola a magnitude da cerejeira. Silencioso e devastador. Chega devagar, sem deixar rastros e uma vez instalado muda para sempre a estrutura e vida da árvore.
Uma ferida que chora sangue e que nunca se fecha, é capaz de resistir ao frio intenso ou à queimadas. Seu DNA é alterado e pode ser a causa de sua morte. Lenta e dolorosa.
Dia após dia, sua vida é consumida pela dor e pela doença. As cicatrizes não ficam apenas em sua extensão, mas também em sua essência.
Os galhos já não são os mesmo. As flores não desabrocham. E os frutos podem nunca mais surgir. Depois de tanto tempo para atingir sua estrutura adulta e grandiosa, que encanta quem a vê, é intrigante saber que um ser microscópico pode acabar com sua magnitude de maneira devastadora.

A praga de "Tengusubyoo" é causada por uma espécie de fungo, que se multiplica através da umidade e chuva. Os galhos contaminados não produzem flores. É recomendado remover as partes infectadas das árvores.

E por falar em cerejeira...

Sempre gostei de música e dança. Há alguns anos tive a felicidade de estar presente em um espetáculo da coreógrafa e intérprete Ivonice Satie chamado "Tomiko".
Sozinha no palco, somente uma luz fraca vermelha iluminava Ivonice, que maravilhosamente representou a semente de uma cereja, seu crescimento e transformação em árvore, sua morte e seu renascimento. A representação mais intensa, linda e marcante que presenciei.

Tomiko (à Minha Mãe), foi uma linda homenagem que Ivonice fez à sua mãe, utilizando a árvore símbolo do Japão: a cerejeira.


"A flor da cerejeira tem a vida breve, mas a árvore chega a ser centenária. Ao enfrentar o inverno rigoroso, a cerejeira quase morre e renasce. Pra mim, assim é a minha mãe, uma mulher pronta para renascer", explica a intérprete. Para a sua criação, Ivonice convidou Eduardo Agni que compôs um roteiro musical condutor do espetáculo, além de criar um "cenário sonoro". Walter Rodrigues assina o figurino.
Há quase um ano ela se foi, mas jamais esquecerei aquela magnífica apresentação.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

No volveré


Cuando lejos te encuentres de mi, cuando quieras que este yo contigo, no tendras un recuerdo de mi, ni tendras mas amores conmigo. Te lo juro que no volveré, aunque me haga pedazos la vida, si una vez con locura te ame, ya de mi alma estaras despedida. No... volveré, te lo juro por Dios que me mira, te lo digo llorando de rabia, yo no volveré. No... parare hasta ver que mi llanto ha formado, un arrollo de olvido anegado,donde yo tu recuerdo ahogare.Fuimos nubes que el viento aparto, fuimos piedras que siempre chocamos, gotas de agua que el sol reseco, borracheras que no terminamos. En el tren de la ausencia me voy, mi boleto no tiene regreso, lo que quieras de mi te lo doy pero no te devuelvo tus besos.

No... Volveré, te lo juro por Dios que me mira, te lo digo llorando de rabia,yo.. no volveré.

No... Parare hasta ver que mi llanto ha formado, un arrollo de olvido anegado,Donde yo tu recuerdo.... ahogare.