Pablo Neruda

"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Feliz dia do escritor!

Hoje, 25/07 é dia do escritor aqui no Brasil e com esta postagem, pretendo dizer o que é ser um escritor não reconhecido e não remunerado (por enquanto!).
Escrevi 5 livros nos últimos 2 anos. Desse total 3 são histórias infantis, um é de poesia infantil e outro um tanto auto-biográfico, onde conto a história da realização de um sonho "impossível"(a parte mais linda da minha vida).

Algumas pessoas sabem que eu publiquei um livro infantil no ano passado. "Catarina e as baratinhas" foi a primeira publicação de três histórias infantis que eu tenho prontas. Ainda possuo alguns exemplares em minha casa que esperam por leitores que nunca chegam. Mas, eles continuam lá. Divulgo, passo email, twito posto no facebook, cheguei a sair na rua para vendê-los. sem sucesso.

Já procurei diversas editoras oferecendo meus outros arquivos, mas como devem imaginar...a maioria nem responde emails.
Eu escrevo em português e passo pro espanhol, porque eu sonho alto: quero publicar meus livros aqui no Brasil e no México, só pra começar.

Para quem não sabe, o México foi cenário da realização daquele meu sonho que comentei há algumas linhas. É lá que vive uma pessoa muito especial para essa minha nova "carreira", a pessoa que despertou em mim essa necessidade incontrolável de escrever.
"Siga o seu coração: busque Chavela Vargas!" é o livro que escrevi e entreguei a ela. Esse livro é a minha "menina dos olhos" meu preferido e querido. Tão querido que existe a versão infantil do mesmo. Esse eu decidi lançar independentemente, ele está disponível na internet em dois idiomas e em dois sites, um no Brasil e outro no México (www.clubedeautores.com.br e www.bubok.com.mx)sempre que posso, faço a divulgação pelas redes sociais, mesmo sabendo que posso estar sendo repetitiva demais. Faço o que posso. E quero poder muito mais!

Ah.. nem falei de como me sinto...tenho muito orgulho de mim por poder me inspirar e repassar as palavras pro papel ou pra tela do computador e me sinto muito feliz por ser capaz de tal proeza e por ter vendido alguns exemplares. Mas ao mesmo tempo é frustrante, porque ainda não posso viver disso. Ter talento para escrever, desenhar e pintar e não ser reconhecido, incentivado, remunerado. Quantas vezes eu ouvi que tenho que trabalhar para poder sustentar meu hobby?
Não é hobby, é a minha vida! É o que eu quero realmente fazer.
No momento, ser escritora é algo que me machuca um pouco. Mas é escrevendo que eu sou feliz. Quero ter leitores, fãs, quem sabe? Mas é isso que quero, poder ser vista como uma escritora e (futura) ilustradora.
É isso o que eu sei e amo fazer. Por que então não me sustentar através disso???
Ser escritor não é apenas escrever livros, escrevo colunas! Tenho dois blogs e sou colunista semanal do blog de um amigo meu chamado Rafael Sani, que também está neste barco comigo e que me deu uma ótima oportunidade para escrever e com isso, muito incentivo! O blog dele é www.sunnyboy8.webnode.com.br e ele escreve coisas surreias e geniais!;)
Espero que realizemos os nossos sonhos literários, mesmo com tanta gente dizendo "No, no, no" se é isso que nos move, é isso o que devemos fazer!

Feliz dia do escritor a todos os que passam ou já passaram pelas mesmas incertezas que tenho.

Um grande beijo, Thais Petranski

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