Pablo Neruda

"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda

domingo, 31 de julho de 2011

A partir de hoje, disponibilizo aqui meus textos já publicados no blog do Sunny (http://sunnyboy8.webnode.com.br)

E lembrem-se: toda quarta feira um texto inédito lá no blog do Sunny e por aqui sempre que bater aquela inspiração! ;)

Uma vida não deveria ser contada em anos e sim em amor (publicado em 15/06/2011)


Qual a sua idade? O que você estudou?Onde trabalha? Onde quer estar em cinco anos?
Perguntas sem fim.
De acordo com as respostas, temos a certeza de conhecer o outro, e nos baseamos apenas em palavras. Podemos passar anos e anos insistindo nesse ciclo de “falar ao vento o que se quer”, porém, na maior parte das vezes, as pessoas simplesmente não querem saber a verdade de nossas atitudes. Preferem julgar a tentar entender o outro.
Passei muitos anos da minha vida tentando sufocar a arte que sempre esteve presente em mim. Pela afiada autocrítica e por acreditar no que sempre diziam: - A arte é um hobby! Você precisa trabalhar em outra área para “sustentar” seu lazer. Isso não dá dinheiro.
E o que fiz? Vaguei pela vida. De salário em salário para pagar as contas do mês. Estudei e foi só na pós graduação que aprendi que a essência de uma pessoa nunca morre. Que aquele amor nato por algo tão claro na infância é o meu amor próprio fluindo.
Decidi escrever um livro ilustrado para uma pessoa que não me conhecia. Lutei para realizar meu sonho, enquanto era chamada de louca pela maioria, e pude ver minha cantora favorita lendo meu livro em sua sala, na minha frente.
Isso só provou uma coisa a mim mesma: Poucos compreendem, mas, sou artista SIM, há 32 anos amo arte e é isso que eu quero fazer pelos próximos 250 anos.

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