Pablo Neruda
"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda
segunda-feira, 7 de março de 2011
Milton e Hans na Avenida Paulista
Quem anda pelo final da Avenida Paulista já os viu. Talvez, nem todos tenham reparado em Milton, mas, os olhos azuis do grande cachorro sem raça definida, acredito que se lembrem.
Milton costuma parar sua carroça próximo da estação Consolação do metrô. Ele é o dono de Hans, o imenso cão amarelo que, geralmente, vimos dormindo entre os pertences de seu dono. Não é apenas mais um cachorro andarilho que segue seu dono. Hans surpreende a todos quando olha calmamente ao seu redor, com seus lindos olhos de um azul tão claro, que à primeira vista parecem brancos. Com eles, ilumina parte da calçada cinzenta da avenida mais famosa da capital paulista. Duas pequenas luzes azuis.
Por quê não temos coragem de assumir que a beleza é fundamental?
Alguém se lembraria de Milton, um homem que vive na rua, se não fosse dono de Hans?
Eu parei para conversar com ele porque me impressionei com a beleza de seu mascote amerelo com olhos azuis. E tirei algumas fotos justamente para ilustrar esse blog e perguntar:
Amamos mais os animais ou os seres humanos?
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