Pablo Neruda

"Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços,a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo." - Pablo Neruda

domingo, 11 de outubro de 2009

In a darked room




No escuro, sem saber pra onde ir, o receio é o mesmo, a vontade é a mesma e a distância se mostra maior do que deveria ser.
O saber da falsidade, a certeza da mentira. Esperar adianta?
Não gaste saliva fingindo se importar, dizendo aquilo que pensa que quero ouvir.
Sim, eu sempre sei.
O seu dia de sol do seu mundo perfeito, todos os seus segundos.
A estação está chegando, com toda alegria da espera e toda dor da partida. Os extremos, os opostos, as vidas.
Na escuridão que persiste, continuo me machucando sem poder parar de procurar o interruptor que me conduza ao colorido novamente.
Só quero o calor. A luz. E você.
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Alguma coisa está muito errada, estou tentando encarar meus medos, mas eles me fazem ir ao chão.
E já faz muito tempo que estou morrendo para viver em um mundo ao qual não pertenço.
E eu não posso ficar esperando que alguém me ouça.
Não posso esperar que alguém me toque.
E eu não posso ficar esperando que alguém me sinta.
Não posso esperar que alguém me cure.
Não posso esperar que algo seja real.
Eu sempre estou só.
Eu não espero que alguém venha me tirar desse buraco. Eu luto sozinha.
Adrian Le Fell

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